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Mutirão Regional de Inclusão e Acessibilidade

  • 2 de jul. de 2018
  • 5 min de leitura

O Mutirão Regional de Inclusão e Acessibilidade é um projeto de nível regional, proposto pela Região Escoteira do Rio Grande do Sul através da Equipe Regional de Inclusão e Acessibilidade e voltado para as Unidades Escoteiras Locais. Baseado na Política de Inclusão e Acessibilidade, consolidada em outubro de 2015, o Mutirão é uma oportunidade para que crianças, jovens e adultos entrem em contato com a temática sobre as Pessoas com Deficiência – PcD. Além de terem a oportunidade de participar e conhecer a realidade vivida por estas pessoas, bem como ser agentes de transformação desta realidade.

O objetivo do MUTRIAc é promover a participação dos integrantes do Movimento Escoteiro em ações específicas e eventos comemorativos à Semana da Pessoa com Deficiência. Cada Grupo Escoteiro pode mobilizar muitas pessoas para refletir e mudar o olhar sobre o tema de inclusão de pessoas com deficiência, se caracterizando como uma atividade de importante impacto social e de grande relevância para o escotismo e para as pessoas com deficiência.

O Movimento Escoteiro é uma instituição que trabalha com educação não formal e possibilita que seus integrantes possam aprender com esta atividade, tornando os Grupos Escoteiros uma referência em desenvolvimento humano e práticas inclusivas. Além de oportunizar o incentivo de novos projetos que podem estimulem as progressões pessoais de crianças e jovens, bem como abrir caminhos para alcançar diferentes competências do programa de jovens e especialidades na área de serviços.

Os Grupos Escoteiros poderão utilizar as atividades realizadas para pontuação no Grupo Padrão, desde que sejam registradas no PAXTU, e podem ser publicadas em formato de projeto na plataforma dos Mensageiros da Paz.

Confira o Boletim 1 para Download aqui.

Por que realizar o Mutirão de Inclusão de Inclusão e Acessibilidade?

Desde 2006, com a Convenção da ONU sobre a política para pessoas com deficiência, da qual o Brasil é um dos países signatários, o panorama sobre este tema vem se transformando e crescendo os espaços de discussão e mobilização. Por um longo período na história as pessoas com deficiência ficaram excluídas e por vezes marginalizadas, hoje há uma busca para o acesso universal e a inclusão plena e efetiva, buscando equidade de todos os direitos humanos e a garantia de respeito e igualdade de oportunidades.

Os Escoteiros do Brasil – Rio Grande do Sul, instituiu em 2015 a Política de Inclusão e Acessibilidade que tem como propósito: “Movidos pelo Escotismo, assegurar condições de inclusão e acessibilidade, para tornar o movimento escoteiro capaz de atender as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida”. Esta Política consolidada baseia seus objetivos de sustentação em seis pilares, que são: infraestrutura e equipamentos; capacitação; sensibilização; informação; divulgação e método. Nela estão contidas estratégias para a realização e alcance de cada objetivo traçado. A Política está em consonância com documentos internacionais como as orientações da WOSM e a Política Interamericana.

Partindo do conceito proposto pela ONU: “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”, entendemos o Movimento Escoteiro como um grande mecanismo de mobilização e transformação deste panorama, partindo de seus princípios norteadores e utilizando seu método educativo como instrumento.

O Mutirão Regional é a oportunidade de sensibilizar sobre inclusão e acessibilidade, mobilizar processos de mudanças e realizar diferentes atividades, em todo nosso estado através das Unidades Escoteiras Locais, possibilitando que milhares de crianças, jovens e adultos entrem em contato direto com esta temática, reconhecendo avanços e observando dificuldades ainda enfrentadas pelas pessoas com deficiência nos diferentes cantos do estado.

Partindo do tema anual dos Escoteiros do Brasil em 2017, “Escotismo e Desenvolvimento Sustentável, o Mutirão nos traz a possibilidade de refletir sobre como estamos tratando o planeta, as pessoas e as relações estabelecidas entre ambos. Baseado na agenda 2030 da ONU e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), mais diretamente o objetivo quatro que trata de educação e o objetivo dez que trata de redução de desigualdades, encontramos alinhamento com o processo de inclusão de PcD. Será uma grande oportunidade de vivenciar e desenvolver consciência social, fortalecendo os princípios do escotismo e possibilitando que crianças e jovens contribuam para as mudanças do nosso planeta.

O Mutirão também está em consonância com o tema proposto para este ano, “Escotismo - Eduçação para a Vida”, fazendo uma proposta de mudança de paradigma no processo de educação de crianças e jovens, através desta vivência, no que diz respeito as PcD, entendendo e aprendendo que são pessoas com habilidades e talentos e que precisam igualdade de oportunidades. Educação para a vida remete a missão de contribuir para que crianças e jovens sejam protagonistas e agentes de transformação social.

O Escotismo como movimento mundial, de educação não formal, com seus princípios, valores e método bem definido, tendo como propósito o desenvolvimento de crianças e jovens a partir de um conjunto de competências, que formam sua progressão pessoal e constituem o projeto educativo do ME, e se apresenta como uma ferramenta de apoio a transformação da realidade e mobilização social através das crianças e jovens que dele participam.

Podemos afirmar que o movimento escoteiro atua como instituição educativa de grande relevância, pois com referência aos quatro pilares, segundo Delors, que apoiam a educação, o ME valoriza o aprender a aprender (primeiro pilar: aprender a conhecer), promove o desenvolvimento de habilidades para a vida, incluindo relações interpessoais (segundo pilar: aprender a fazer), incentiva a compreensão pelas outras pessoas (terceiro pilar: aprender a conviver) e estimula o desenvolvimento de seu próprio caráter e autonomia (quarto pilar: aprender a ser). Estes aspectos somados vão garantir através do movimento escoteiro o acesso universal de pessoas com deficiência sem distinção, independente de sua condição, buscando ser tão individual quanto for necessário e tão coletivo quanto for possível.

Com esta estrutura podemos entender que o Movimento Escoteiro já apresenta um projeto inclusivo, pois busca a formação integral do ser humano, respeitando suas individualidades e desenvolvendo suas habilidades, através de conhecer, fazer, conviver e ser, pontos fundamentais para acontecer a inclusão de pessoas com deficiência.

Com o advento da inclusão, em que cada vez mais pessoas com deficiência buscam acesso a diferentes serviços e espaços, o Movimento Escoteiro passou a ser um lugar procurado pelas famílias de pessoas com deficiência para inserção social, bem como para auxiliar e contribuir no desenvolvimento de seu filho(a), se tornando um lugar de acolhimento e atenção.

O Método Escoteiro, se torna peça chave para o desenvolvimento global, é um sistema que reúne elementos fundamentais, que apenas juntos e combinados, formam este sistema educacional integrado. A aplicação destes elementos levará em consideração o nível de maturidade do jovem. Todos os elementos trabalham como partes do sistema e participam constantemente da experiência escoteira vivida em cada seção. Os elementos que compõe o Método Escoteiro são: a lei e promessa; aprender fazendo; vida em equipe; atividades atraentes , progressivas e variadas e desenvolvimento pessoal pela orientação individual.

A combinação de um movimento educativo para jovens que tem mais de 100 anos com uma política de inclusão de pessoas com deficiência vem possibilitar: o contato, a convivência, o conhecimento, o reconhecimento, o respeito, a ressignificação, o resgate, o empoderamento, o acolhimento, para crescer e transformar, pessoas, equipes e comunidades.

Tanto atividades específicas propostas pela ERIAc, quanto eventos organizados por instituições através dos conselhos de direitos nos municípios, vão proporcionar o desenvolvimento das crianças e jovens, instigar a reflexão e discussão em seus grupos, provocar uma mudança de cultura e a quebra de diferentes paradigmas sobre a pessoa com deficiência e suas possibilidades. E também possibilitará a PcD o ingresso no universo escoteiro cheio de oportunidades e desafios.

O ME pode colaborar para um mundo melhor e mais igualitário e participar do MUTRIAc é mais uma destas oportunidades de mudança! Vem com o seu Grupo contribuir para deixar pessoas melhores para o mundo e protagonistas de grandes transformações!

 
 
 

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