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Desafios Online são motivo de preocupação com os jovens


A Secretaria Estadual da Educação, por meio das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave), e a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, divulgaram nesta quinta-feira notas de esclarecimento e orientação para famílias e educadores sobre "O Desafio da Baleia Azul”, um jogo de troca de mensagens que propõe 50 desafios aos adolescentes e sugere o suicídio como última tarefa.

Dentro do ambiente escolar os desafios cibernéticos, que envolvem principalmente adolescentes na faixa dos 12 aos 16 anos, já são uma realidade há mais de um ano. Mas, no caso do Desafio da Baleia Azul, trata-se de uma nova problemática que vem assustando a todos nos últimos dias e já é investigado como causa de quatro tentativas de suicídio em Porto Alegre.

Destacamos as orientações que estão sendo encaminhadas às escolas para que, também no Grupo Escoteiro, nossos voluntários estejam alertas para observar mudanças no comportamento dos jovens e possam auxiliar ou intervir em possíveis casos de participação no Desafio, ou em outros problemas íntimos dos nossos jovens.

Preste atenção às mudanças de comportamento nos jovens como:

  • Usar camisas compridas em dias quentes – para esconder ferimentos;

  • Perguntas frequentes a pessoas mais velhas sobre desafios cibernético;

  • Mágoa ou tristeza que não são claros para a família;

  • Falar sobre morte e suicídio, mesmo que indiretamente, como vontade de "sumir", "desaparecer", "ir embora";

  • Isolamento (afastar-se da família, dos amigos);

  • Perda do interesse em atividades que costumava fazer;

  • Perda do interesse nas pessoas;

  • Mudanças no hábito de sono (insônia ou aumento das horas dormindo);

  • Mudanças dos hábitos alimentares (perda ou aumento de apetite);

  • Irritabilidade, crises de raiva;

  • Piora no desempenho escolar, recusa a ir à escola;

  • Comportamentos auto-destrutivos (auto-mutilação, uso de álcool e drogas, exposição a situações de risco);

  • Ter tentativas de suicídio anteriores.

Muitas vezes, quando o jovem está com problemas, estes problemas não ficam claros no ambiente familiar, mas a proximidade entre os jovens e os voluntários nas atividades escoteiras permite uma maior compreensão e diálogo aberto entre ambas as partes.

A escola, ou no nosso caso, o Grupo Escoteiro, tem um papel fundamental no acompanhamento desse tipo de caso. Na hora de abordar este tema nunca se deve dar ênfase a um determinado desafio, o assunto deve ser explanado em um contexto geral. Se algum tema em específico for questionado, aí sim, deve-se fazer a explicação do mesmo.

Devido ao contexto social em que os jovens estão inseridos hoje não é indicado privá-los do mundo virtual. Esta ação pode gerar certa revolta e isso pode implicar ainda mais no comportamento. O que deve ser feito, é um monitoramento frequente do que está sendo acessado pelo adolescente. A partir disso, iniciar a abordagem com diálogo para a conscientização sobre os perigos dos desafios e mensagens de desconhecidos na internet.

Além da observação na mudança de comportamento, confira outras dicas de prevenção e atividades que podem ser realizadas com os jovens para que este tipo de problema não venha a ocorrer.

  1. Compartilhe projetos de vida Para entender se a criança ou adolescente está com problemas é fundamental que a família se interesse por sua rotina. Os pais e educadores devem conhecer a rotina dos jovens, entender o que fazem e conhecer seus amigos. As redes sociais são um retrato do que o jovem pensa, aos pais e voluntários cabe incentivar que os jovens tenham projetos para o futuro, tracem metas e tenham objetivos para suas vidas.

  2. Abra espaço para diálogo Os jovens devem se sentir acolhidos nos ambientes em que se encontram. É preciso que o adolescente se sinta à vontade para falar de suas frustações e se sinta apoiado. Se ele tiver um espaço para dividir suas angústias e for escutado, tem um fator de proteção.

  3. Adolescentes devem buscar aliados O adolescente precisa buscar as pessoas em que confia para compartilhar seus anseios, seja no ambiente escolar, familiar, ou no Grupo Escoteiro. Adolescentes com autoestima baixa são mais vulneráveis a cair neste tipo de armadilha. Muitas vezes os jovens não têm capacidade de discernir sobre todo o conteúdo ao qual são expostos, por isso é importante o diálogo franco. Não podemos fingir que esse tipo de coisa não existe porque o jovem sabe que existe.

  4. Crie iniciativas pela vida Assim como a família, o Grupo Escoteiro pode ajudar a identificar situações de risco entre os jovens. Não é qualquer criança que vai responder ao chamado de um jogo como esse, mas sim aqueles que estão em situações de vulnerabilidade. O Grupo Escoteiro, assim como a escola, o clube, ou outras atividades que o jovem realiza, ajuda a construir laços e tem papel fundamental de perceber como eles se desenvolvem. O objetivo de iniciativas como esta é ajudar os jovens a verem o lado bom da vida. Uma das ações virtuais realizadas com sucesso tem sido o Desafio da Baleia Rosa.

Onde buscar ajuda e orientação Porto Alegre possui dois plantões de emergência em saúde mental com atendimento 24 horas, no Centro de Saúde Vila dos Comerciários e no Centro de Saúde IAPI, além de pós-atendimento junto às esquipes de Especializadas de Saúde da Criança e do Adolescente e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Casos suspeitos devem ser denunciados junto ao Deca, no telefone (51) 2131-5708 (em horário comercial), via 0800-6426400 ou por Whatsapp (51) 98418-7814. Centro de Valorização da Vida Oferece ajuda por telefone, chat, skype, e-mail e presencialmente Telefones 141 (24 horas, para todo o país) e 188 (gratuito, apenas para o RS) www.cvv.org.br facebook.com/cvv141

Qualquer dúvida ou mais esclarecimentos a Diretoria Regional segue à disposição dos Grupos e dos Voluntários.

Fontes: G1, Rádio Gaúcha, UOL, Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul. Assista aqui um vídeo que de forma bem explicativa fala mais sobre esse Desafio.

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